Comporte-se

Mercado infantil aposta na criatividade
(Revista: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
Data da publicação: 02 maio 2010)


Para se diferenciar, pequenas empresas investem em brinquedos lúdicos e educativos.
Uma história infantil contada de um jeito bem diferente e brinquedos de pano que ensinam e divertem. Uma empresa fatura com o mercado infantil. Brinquedo é o que os dois irmãos e empresários Carlos Alberto e Dora Salles mais sabem fazer. Ele é publicitário. Ela, jornalista. Os dois criam brinquedos em tecido. Quase todas as peças são figuras inspiradas em animais: elefante, jacaré, macaco, coelho.

Na fábrica, uma palavra diz tudo: criatividade. Ela está presente, por exemplo, na tartaruga que tem ovos na barriga com filhotinhos dentro, no boliche de gatos ou ainda no estímulo da criança com sons como chocalho, apito, barulho de chuva. Enfim, é uma fábrica de ideias. E eles não param. Todo mês lançam cinco produtos novos. Para estar à frente da concorrência, o segredo é se reinventar o tempo todo.

“É um mercado em que, para se sobressair, temos que ter sempre novidades. E sempre achamos que temos um cliente novo para ser atendido”, conta o empresário Carlos Alberto Salles.

Para montar um negócio como este, o investimento é de R$ 50 mil. Equipamentos necessários: máquina de costura, de corte e de enchimento dos brinquedos, como fibra de poliéster. Para atender aos pedidos exclusivos, os empresários contam com um trunfo: a agilidade de uma pequena empresa.

“Em um prazo de 20 a 30 dias, conseguimos fazer modelagem, corte e entrega do produto, coisa que uma grande empresa não conseguiria com tanta rapidez” conta Dora Salles.

Os brinquedos precisam ser certificados pelo Inmetro. A segurança das crianças é a primeira exigência dos clientes. Uma dica: no mercado infantil, as cores vendem. No início, os empresários imitavam as cores originais dos bichinhos, mas isso não fez muito sucesso com as crianças.

“A gente se enganou um pouco. Achávamos que o pastel era uma cor que seria muito bem aceita e percebemos que os clientes gostam de cores fortes”, conta Dora Salles.

Hoje a empresa produz mais de 6 mil brinquedos por mês. Eles são vendidos em lojas de todo o Brasil. Em uma delas a procura é crescente. Para a dona da loja, Sueli Gondim, há uma forte tendência dos pais em comprar brinquedos educativos.

“Eu acho que os pais hoje em dia procuram um brinquedo mais inteligente para os filhos, para desenvolver a capacidade motora, raciocínio, a parte afetiva. Então, os brinquedos educativos são inteligentes, fazem a criança participar, pensar, se desenvolver de várias maneiras”, explica Sueli Gondim.

O empresário Carlos Silva usa um livro de 1,70 metro de altura para encantar a garotada.

“O livro é feito de vários materiais: madeira, espuma, plástico, pedacinhos, metal, dobradiças, uma casinha. E tem um personagem dentro. Uma das histórias tem um lenhador”, conta Carlos Silva.
O livro gigante é o personagem principal das apresentações. Com ele, o empresário se destaca no concorrido mercado infantil. “Quem tem criatividade vai se sobressair com os seus produtos”, diz.

A apresentação é para crianças de 0 a 10 anos. E começa com a canção “Atirei o pau no gato”. Das páginas do grande livro, saem os personagens, que são bonecos de madeira. A história fala de uma árvore da Floresta Amazônica que abriga os animais.

“As histórias se renovam e são modificadas de acordo com o momento. Para cada história as páginas são trocadas”, comenta o empresário.

Carlos Silva investiu R$ 40 mil no negócio: R$ 20 mil para comprar um veículo, R$ 10 mil para aparelhagem de som e R$ 10 mil para construir o livro gigante. Depois do investimento inicial, os custos do negócio são pequenos. Basicamente, é o trabalho de cantor, ator e contador de histórias Carlos Silva.

“Queremos que as crianças tenham o conhecimento do seu folclore. Então, envolvemos músicas folclóricas, personagens como Saci, bicho-papão, bruxa”, conta o empresário.

A empresa faz 150 apresentações por ano. O espetáculo custa R$ 500 e é feito em residências, feiras, bufês e escolas.

“Eu acho que o livro vivo é um trabalho completo, não só de educação. A criança voltar a ser criança”, afirma a diretora de escola Gabriela Gustavfon.

Todo ano a empresa cresce 25%. E a maior propaganda vem da indicação do público, que se diverte.

Relacionando com a aula

Podemos relacionar o assunto da reportagem, que é a importância da criatividade no mercado de trabalho, para estar sempre à frente dos concorrentes com o melhor suporte possível para os clientes.

Como foi apresentado no capitulo 5, que o indivíduo que possui a criatividade deve levar consigo a pericia, que é conhecimento da área em que se atua, a motivação pela tarefa a ser aplicada e pensamento criativo.

Trocar idéias com outras pessoas também pode ser um meio de chegar ao melhor resultado, quanto mais “cabeças pensantes”, maior a chance de solucionar problemas, e se descobrir mais de uma resposta correta o indivíduo estará alimentando cada vez mais a sua criatividade.

Deixar o comodismo de lado e tomar atitude, dependem das três ligações relacionadas à criatividade, como já foram citadas. É necessário sair daquela zona de segurança e certeza, arriscando e acreditando que ira encontrar a solução mais viável.



POR: Jéssica Alessandra Tolardo

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