Comporte-se de 04 de Maio de 2010

Como transformar limão em limonada
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terça-feira, 27 de abril de 2010 - REVISTA EXAME - Por: Pedro Mello)

Ficar rico não é nada simples. O dinheiro está por aí, nas mãos das pessoas. No entanto, fazer esse dinheiro ir parar no seu bolso é outra história. É claro que não há fórmulas, mas é fato que propor boas soluções para grandes problemas é um primeiro passo.
E veja que problemão tinham os pacientes do século XIX. Se você precisasse fazer uma cirurgia em 1886 os médicos certamente usariam algodão para ajudar a estancar seu sangramento. Até aí tudo bem, esse é um procedimento padrão até hoje. No entanto, naquela época as noções sobre infecção eram outras. Aliás, elas mal existiam. Por isso era comum que médicos usassem nas cirurgias algodões sujos, provenientes dos restos recolhidos do chão das tecelagens.
A taxa de mortalidade era altíssima, obviamente. Porém, isso só se tornou óbvio mesmo quando um cientista chamado Joseph Lister entendeu que todos os instrumentos cirúrgicos deveriam ser limpos, desinfetados. Esse novo princípio diminuiu as mortes e de quebra criou um novo mercado, muito bem notado pelos irmãos Robert, James e Edward Johnson. Eles fundaram a primeira fábrica do mundo a produzir uma compressa cirúrgica asséptica.
Investindo em pesquisa, a Johnson & Johnson tornou sua compressa cada vez mais esterilizada e eficiente. O fato de terem sido pioneiros colocou a empresa na frente das concorrentes. Sua capacidade de visão lhes deu o ponta pé inicial, porém seria o acaso que os deixaria realmente ricos.
E eles foram vendendo compressas até que um de seus funcionários mudou tudo. Na verdade, quem mudou tudo foi a esposa desse empregado. O nome dela era Josephine Dickson, esposa do americano Earle Dickson, funcionário da Johnson & Johnson. O que se pode dizer é que Josephine era um pouco desajeitada na cozinha. Por isso era comum que ela aparecesse com machucados causados pelos trabalhos domésticos. Como todo bom marido, Earle sempre fazia curativos em sua mulher, dando a ela toda a atenção necessária. Mas o caso é que Josephine era realmente bem desastrada e Earle, apesar de sentir pena da esposa, já estava cansado de fazer tantos curativos.
Dessa situação surgiu uma idéia. Dickson então pensou num modo de criar um curativo que pudesse ser colocado pela própria Josephine. Sendo assim, ele cortou pedaços de gaze, que depois foram colados em intervalos ao longo de uma fita adesiva. Isso facilitou muito a vida do casal e ao mesmo tempo criou o Band-aid (band = faixa e aid = ajuda, auxílio). A invenção do Band-aid abriu as portas do sucesso para Earle Dickson. O sucesso do curativo foi tão grande que ele se tornou vice-presidente da Johnson & Johnson.
Agora, além das compressas, a Johnson & Johnson tinha nas mãos um dos produtos mais inovadores e bem aceitos do mercado. A fortuna foi se acumulando e a companhia passou a investir em outros setores. Em 1959 eles compraram a Laboratórios Mcneil, uma empresa menor que anos antes tinha introduzido no mercado um medicamento revolucionário, o Tylenol.
O responsável pelo tal caso poderia ser o senhor Robert McNeil, um farmacêutico que ganhou a vida vendendo remédios de qualidade para seus clientes nos EUA. No entanto, foi o filho dele, Lincoln McNeil, que decidiu fechar a farmácia e investir na pesquisa de novos remédios. Lincoln jogou certo e logo a Laboratórios McNeil fazia fortuna com a venda de analgésicos. Um deles, lançado nos anos cinqüenta, se baseava no N-acetil-para-aminofenol, em inglês N-acetyl-p-aminophenol, daí o nome Tylenol. Era um ótimo analgésico, uma alternativa à aspirina, indicada para o uso em crianças com dor. A McNeil faturou alto, chamando a atenção do mercado.Em 1955 a J&J se atentou ao sucesso do Tylenol e comprou os laboratórios McNeil. Foi uma aposta certíssima, pois com o tempo a marca conseguiu 35% do mercado de paracetamol dos Estados Unidos. A Johnson & Johnson então se tornava uma enorme multinacional.
Isso sim é transformar um limão em limonada, não é verdade?
Escolhi essa reportagem, pois como visto na aula as empresas e pessoas sempre devem estar buscando maneiras inovadoras para atingir seus clientes,e transformar um enorme problema em uma grande solução.

POR: ERIC RENAN QUANDROS

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