Comporte-se de 20 de Abril de 2010

Excesso de confiança pode inibir novas idéias
Escrito por Fernanda Carpegiani em 03.08.2009 categorias: inovações
Em sua ultima coluna na revista The New Yorker, o jornalista britânico Malcom Gladwell discute a “crise de excesso de confiança” (crise f overconfidence, em inglês). Intitulado “Cocksure:The Psychology of Overconfidence” ( Pretensiosa: A psicologia de excesso de confiança), o texto analisa como o cérebro administra as decisões e identifica o papel da dimensão psicológica nas escolhas que fazemos, usando como exemplo a guerra e a crise financeira mundial.
Para Gladwell, o excesso de confiança é apenas uma da causas de insucesso. Outro ponto seria o fato de que lideres costumam basear seus comportamentos em tomadas de decisões que tiveram sucesso no passado. O resultado costuma serem idéias repetidas, que não evoluem e não se modificam através de tempos. O processo de criação fica comprometido e os lideres acabam não se adaptando aos novos cenários de mercado.
Valerie Casey, conceituada designer da IDEO, observou um exemplo claro desta situação no texto “Why Does the Best Design of 2009 Still Like 2000?” (Porque o melhor do design de 2009 ainda se aparece com o de 2000?), publicado no site Fast Company.
Casey põe em xeque a função do design, sempre a frente das inovações e adaptações, ao expor a semelhança dos objetos premiados pelo IDSA no prêmio Internacional de Excelência em Design, IDEA na sigla em inglês (International Design Excellence Awards), com antigos ganhadores do mesmo prêmio. Veja as comparações feitas por ela:
Diante desta realidade, Casey questiona se, com todas as mudanças sociais e econômicas dos últimos dez anos, o design atual não deveria ser muito diferente do de 2000. Ela sugere que a razão par tais semelhanças faz parte da dificuldade de adaptação que o excesso de confiança pode causar.
Ela cita Gladwell e compara este cenário ao que o jornalista britânico identifica como “ilusão de controle”, na qual acreditamos tanto em nossas decisões anteriores que “superestimamos a precisão de nosso discernimento” e repetimos aquilo que consideramos bom. No entanto, algo que foi bom no passado pode não se encaixar na realidade atual, caindo no anacronismo.


POR: Suelen Silva de Souza

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